Descripción
O presente escrito empreende uma leitura revisionista da construção colonial martinicana, preenchendo as fissuras históricas em análise à ficcionalização de personagens representados e de outros inventados no romance La Lézarde (1997), evidenciando um projeto literário que busca desmistificar heróis, desnaturalizar construções cristalizadas e dar voz às minorias silenciadas pelo discurso histórico oficial acionando elementos do imaginário coletivo. A imagem que aflora desta análise é a de encontros: o rio e o mar lugares de travessia encontram a terra espaço de recepção; os movimentos e as ondas trazem à superfície o que estava nas profundezas, aquilo que era oculto; um desvelamento que traz luz à escuridão e reacende o passado de um povo, um reconhecimento à projeção glissantiana de visibilidades em busca de mediação de histórias, memórias e sentidos, ciente do Caos concernente às relações entre os povos, nas quais tudo implica em impurezas.